domingo, 20 de junho de 2010

Como fazer caricaturas de pessoas

As caricaturas podem ser feitas por qualquer pessoa que tiver vontade de desenhar muito bem outras pessoas que sejam famosas ou não, quem tem vontade e determinação pode começar com desenhos mais fáceis, não devem começar com caricaturas que podem ser difíceis de desenhar no começo. Cursos de caricatura também podem ser feitos por pessoas que querem desenhar bem, mas depois que começar um bom curso de caricatura deve terminar para aprender a desenhar qualquer tipo de caricatura, pois de nada adianta ter vontade de não terminar um curso que tinha vontade de fazer para ter um hobby.
Essas pessoas que querem fazer caricaturas também devem procurar caricaturas prontas na internet para copiar com o máximo de perfeição, mas devem procurar várias caricaturas para copiar com calma e sem nenhuma pressa, porque pressa atrapalha muito quem gosta de desenhar qualquer tipo de desenho. As pessoas copiam outras caricaturas podem aprender a fazer suas próprias caricaturas, depois que aprendem podem olhar para qualquer pessoa e já fazer uma caricatura com facilidade.
Os profissionais que já sabem fazer caricaturas perfeitas também tiveram que aprender passo a passo de uma caricatura, alguns até fizeram cursos para virarem verdadeiros profissionais no ramo da caricatura, mas todos eles tiveram aquela vontade imensa e muita determinação para fazer essas caricaturas engraçadas de outras pessoas que gostam de ser desenhadas em forma de caricaturas.
 Caricatura de pessoas famosas
As caricaturas de todo o mundo são feitas por ótimos artistas. E com isso na hora em que você for fazer a sua caricatura o que tem que fazer é escolher a pessoas com quem fazer. Existem as pessoas que você pode procurar em internet ou até mesmo em sua cidade para que assim você a escolha muito bem e fique com um desenho bacana. Algumas pessoas fazem as caricaturas através de fotografias ou até mesmo de se lembrar do rosto da pessoa de alguma vez que as viu. Existem milhões de pessoas que fazem este trabalho, mas que alguns se destacam por serem melhores do que os outros.
Com tudo o que você tem que fazer é escolher bem o profissional o qual você vai entregar a sua foto para que assim fique bem bacana. As pessoas que geralmente fazem as caricaturas não deixam guardadas dentro de gavetas e sim colocam em quadros e colocam na parede para que assim fique algo gostoso de ver quando alguém entra em seu quarto por exemplo. Que claro que você não vai deixar a sua caricatura na sala, o mais bonito é você colocar no quarto que é onde fica os seus pertences pessoais.
Os famosos não costumam fazer caricaturas, o que eles fazem é pegar fotos na internet e assim produzem os quadros e postam na web para as pessoas possam visualizar o seu trabalho e quem sabe o contratar. Muitas vezes fazem apenas por gosto e não deixam contato para que você consiga o achar. No site cincode5.blogspot.com/2009/03/caricaturas-pessoas-famosas.html você confere as melhores caricaturas dos famosos. Ficou curioso? Entre no site e visualize.


Caricaturas

Hoje muitas pessoas têm o dom de desenhar aqueles desenhos perfeitos de outras pessoas que podem ser famosas ou não, quem tem esse dom pode sentar na frente de algum parente ou amigo e fazer um desenho mais que perfeito, mas para fazer alguns desenhos perfeitos deve gostar muito de desenhar e ainda precisar ter paciência para fazer cada traço de um desenho, essa paciência e gosto de desenhar vai ajudar muito na hora de fazer qualquer tipo desenho com sentimento, só que muitos desses desenhos de qualidade feitos com sentimento podem demorar até dias.
Para desenhar essas caricaturas a pessoa deve estar muito inspirada e têm que gostar muito de desenho artístico, esses tipos de desenhos que muitas pessoas gostam de desenhar podem vistos em alguns programas de televisão de vez em quando, mas quem tem pressa para ver alguma caricatura bem feita tem que entrar em alguns sites específicos, ou pode fazer uma pesquisa bem rápida sobre caricaturas naqueles sites de buscas que a maioria deve conhecer muito bem. Essas caricaturas vistas em programas de televisão já mostrar quem é o desenhista profissional, já na internet pode apenas ver alguns desenhos que também foram feitos por desenhistas profissionais.
Aqueles que querem aprender a desenhar de verdade devem procurar por alguns cursos que tem espalhados pela cidade, ou pode também perguntar para essas pessoas que já sabem desenhar como elas aprenderam e se podem ensinar algumas técnicas de desenho, essas pessoas que sabem desenhar têm uma vida muito mais feliz porque não gastam seu tempo com qualquer coisa. Desenhar qualquer tipo de desenho é uma arte que deve ser bem interpretada pelas outras pessoas que não sabem desenhar, mas vale lembrar que qualquer pessoa pode aprender a desenhar com facilidade com alguns cursos oferecidos por algumas escolas.
As pessoas que desenham perfeitamente e com gosto podem até ganhar uma boa quantia em dinheiro pela sua arte que é feita com vontade, só que ninguém deve desenhar caricaturas por dinheiro, deve desenhar caricaturas para ter um hobby para praticar diariamente.

Ai algumas caricaturas .... Divirta-se ....
 Caricatura de Dunga, por Dálcio Machado


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mais um pouco de Julian Beever



Julian Beever
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Julian Beever
Julian Beever é um artista inglês de Chalk art (Arte com giz) que cria desenho tridimensionais utilizando giz como material. É um trabalho que se utiliza da técnica de projeção conhecida como anamorfose. Esta técnica cria uma ilusão de ótica 3D quando a imagem é vista a partir de determinado ângulo.
Ele trabalha para várias empresas como freelancer, criando murais em campanhas promocionais. Frequentemente é chamado de Pavement Picasso.
Os desenhos são minuciosamente projetados, milimetricamente executados. Pura matemática. Em média, o artista leva cerca de três dias para completar uma obra.
Já visitou vários países, tais como: Reino Unido, Bélgica, França, Países Baixos, Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos,Austrália, Brasil e Portugal.




Desenhos 3D olha só esses !!!!

Desenhos em 3D/Ilusão de Óptica

Este é um tema capaz de deixar qualquer um de boca aberta. Há quem deseje fazer obras de arte iguais e há quem deseje simplesmente aprecia-las ou participar nelas tirando uma foto, por exemplo.

São usados, normalmente, nas ruas de diferentes cidades e desperta o público para a criatividade e para arte, além de divertir quem passa por eles. São criado, muitas vezes, para campanhas publicitárias.

Julian Beever é o nome do criador destas obras de arte. Para tal efeito o artista utiliza a técnica de projecção chamada anamorfose, ou seja o desenho está deformado, porém ao ser usado um espelho cónico, piramidal ou circular a forma, para além de se tornar nítida, também dá o efeito tridimensional. Para completar tal obra são necessários 3 dias de trabalho,um projecto minucioso e matemático.

Acerca deste tema não há muito mais a dizer e há um provérbio popular que se aplica bem aqui, “Um olhar vale mais que mil palavras.”

Desfrutem das imagens





Desenhando animais I





Desenhado Parte 4 Homens





Desenhando Parte 3 Mocinhas





quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um pouco de anatomia




beijo.jpg image by xp_thyago











Aprendendo




Início

História

Um gravura de Katsushika Hokusaiprecursora do mangá moderno.

Os mangás têm suas raízes no período Nara (século VIII d.C.), com o aparecimento dos primeiros rolos de pinturas japonesas: os emakimono. Eles associavam pinturas e textos que juntos contavam uma história à medida que eram desenrolados. O primeiro desses emakimono, o Ingá Kyô, é a cópia de uma obra chinesa e separa nitidamente o texto da pintura.

A partir da metade do século XII, surgem os primeiros emakimono com estilo japonês. O Genji Monogatari Emaki é o exemplar de emakimono mais antigo conservado, sendo o mais famoso o Chojugiga, atribuído ao bonzo Kakuyu Toba e preservado no templo de Kozangi em Kyoto. Nesses últimos surgem, diversas vezes, textos explicativos após longas cenas de pintura. Essa prevalência da imagem assegurando sozinha a narração é hoje uma das características mais importantes dos mangás.

No período Edo, em que os rolos são substituídos por livros, as estampas eram inicialmente destinadas à ilustração de romances e poesias, mas rapidamente surgem livros para ver em oposição aos livros para ler, antes do nascimento da estampa independente com uma única ilustração: o ukiyo-eno século XVI. É, aliás, Katsushika Hokusai o precursor da estampa de paisagens, nomeando suas célebres caricaturas publicadas de 1814 à 1834 emNagoya, cria a palavra mangá — significando "desenhos irresponsáveis" — que pode ser escrita, em japonês, das seguintes formas: Kanji (em japonês:漫画?), Hiragana (em japonês: まんが?), Katakana (em japonês: マンガ?) e Romaji (Manga).

Os mangás não tinham, no entanto, sua forma atual, que surge no início do século XX sob influência de revistas comerciais ocidentais provenientes dosEstados Unidos e Europa. Tanto que chegaram a ser conhecidos como Ponchie (abreviação de Punch-picture) como a revista britânica, origem do nome,Punch Magazine (Revista Punch), os jornais traziam humor e sátiras sociais e políticas em curtas tiras de um ou quatro quadros.

Diversas séries comparáveis as de além-mar surgem nos jornais japoneses: Norakuro Joutouhei (Primeiro Soldado Norakuro) uma série antimilitarista deTagawa Suiho, e Boken Dankichi (As aventuras de Dankichi) de Shimada Keizo são as mais populares até a metade dos anos quarenta, quando toda aimprensa foi submetida à censura do governo, assim como todas as atividades culturais e artísticas. Entretanto, o governo japonês não hesitou em utilizar os quadrinhos para fins de propaganda.

Sob ocupação americana após a Segunda Guerra Mundial, os mangakas, como os desenhistas são conhecidos, sofrem grande influência das histórias em quadrinhos ocidentais da época, traduzidas e difundidas em grande quantidade na imprensa cotidiana.

É então que um artista influenciado por Walt Disney e Max Fleischer revoluciona esta forma de expressão e dá vida ao mangá moderno: Osamu Tezuka. As características faciais semelhantes às dos desenhos de Disney e Fleischer, onde olhos (sobretudo Betty Boop), boca, sobrancelhas e nariz são desenhados de maneira bastante exagerada para aumentar a expressividade dos personagens tornaram sua produção possível. É ele quem introduz os movimentos nas histórias através de efeitos gráficos, como linhas que dão a impressão de velocidade ou onomatopeias que se integram com a arte, destacando todas as ações que comportassem movimento, mas também, e acima de tudo, pela alternância de planos e de enquadramentos como os usados no cinema. As histórias ficaram mais longas e começaram a ser divididas em capítulos.

Um rosto desenhado no estilo do mangá.

Osamu Tezuka produz através de seu próprio estúdio, o Mushi Production, a primeira série de animação para a televisão japonesa em 1963, a partir de uma de suas obras: Tetsuwan Atom (Astro Boy). Finalmente a passagem do papel para a televisão tornou-se comum e o aspecto comercial do mangá ganhou amplitude, mas Tezuka não se contentou com isso. Sua criatividade o levou a explorar diferentes gêneros — na sua maioria, os mangás tinham como público-alvo as crianças e jovens —, assim como a inventar outros, participando no aparecimento de mangás para adultos nos anos sessenta com os quais ele pôde abordar assuntos mais sérios e criar roteiros mais complexos. Ele também foi mentor de um número importante de mangakas como Fujiko & Fujio (dupla criadora deDoraemon), Akatsuka Fujio, Akira "Leiji" Matsumoto, Tatsuo Yoshida (criador de Speed Racer) eShotaro Ishinomori.

Assim, os mangás cresceram simultaneamente com seus leitores e diversificaram-se segundo o gosto de um público cada vez mais importante, tornando-se aceitos culturalmente. A edição de mangás representa hoje mais de um terço da tiragem e mais de um quarto dos rendimentos do mercado editorial em seu país de origem. Tornaram-se um verdadeiro fenômeno ao alcançar todas as classes sociais e todas as gerações graças ao seu preço baixo e a diversificação de seus temas. De fato, como espelho social, abordam todos os temas imagináveis: a vida escolar, a do trabalhador, os esportes, o amor, a guerra, o medo, séries tiradas da literatura japonesa e chinesa, a economia e as finanças, a história do Japão, a culinária e mesmo manuais de "como fazer", revelando assim suas funções pedagógicas.

[editar]Estilos

Esboços de rosto.

Para os japoneses as histórias em quadrinhos são leitura comum de uma faixa etária bem mais abrangente do que a infanto-juvenil. A sociedade japonesa é ávida por leitura e em toda parte vê-se desde adultos até crianças lendo as revistas. Portanto, o público-consumidor é muito extenso, com tiragens na casa dos milhões e o desenvolvimento de vários estilos para agradar a todos os gostos.

Por isso os mangás são comumente classificados de acordo com seu público-alvo. Histórias onde o público alvo são meninos — o que não quer dizer que garotas não devam lê-los — são chamados de shounen (garoto jovem, adolescente, em japonês) como One Piece, Naruto,Bleach etc. e tratam normalmente de histórias de ação, amizade e aventura. Histórias que atualmente visam meninas são chamadas deshoujo (garota jovem em japonês) e têm como característica marcante as sensações e sensibilidade da personagem e do meio (também existem garotos que leem shojo.) como Nana. Além desses, existe o gekigá, que é uma corrente mais realista voltada ao público adulto (não necessariamente são pornográficos ou eróticos) como, por exemplo Lobo Solitário e ainda os gêneros seinen para homens jovens e josei para mulheres. Os traços típicos encontrados nas histórias cômicas (olhos grandes, expressões caricatas) não são encontrados nessa última corrente. Existem também os pornográficos, apelidados hentai. As histórias yuri abordam a relação homossexual feminina e o yaoi (ou Boys Love) trata da relação amorosa entre dois homens, mas ambos não possuem necessariamente cenas de sexo explícito. Os edumangás que são mangás didáticos voltados para o ensino de diversas matérias.[1]

[editar]Formato

O sentido de leitura de um mangá japonês

A ordem de leitura de um mangá japonês é a inversa da ocidental, ou seja, inicia-se da capa do livro com a brochura à sua direita (correspondendo a contracapa ocidental), sendo a leitura das páginas feita da direita para a esquerda. Alguns mangás publicados fora do Japão possuem a configuração habitual do Ocidente.

Além disso, o conteúdo é impresso em preto-e-branco, contendo esporadicamente algumas páginas coloridas, geralmente no início dos capítulos, e em papel reciclado tornando-o barato e acessível a qualquer pessoa.

Os mangás são publicados no Japão originalmente em revistas antológicas impressas em papel-jornal parecidas com listas telefônicas. Essas revistas com cerca de 300 à 800 páginas são publicadas em periodicidades diversas que vão da semana ao trimestre. Elas trazem capítulos de várias séries diferentes. Cada capítulo normalmente tem entre dez e 40 páginas. Assim que atingem um número de páginas em torno de 160~200, é publicado um volume, chamado tankohon ou Tankōbon, no formato A de livros de bolso, que então contém apenas histórias de uma série.[2][3] Esses volumes são os vendidos em diversos países dependendo do sucesso alcançado por uma série, ela pode ser reeditada em formato bunkoubon ou bunkouban (em japonês: 完全版?) (mais compacto com maior número de páginas) e wideban (emjaponês: ワイド版?) (melhor papel e formato um pouco maior que o de bolso).

Loja de mangá no Japão.

Uma das revistas mais famosas é a Shonen Jump da editora Shueisha. Ela publicou clássicos como Dragon Ball, Saint Seiya (ou Cavaleiros do Zodíaco), Yu Yu Hakusho e continua publicando outra séries conhecidas como Hunter x Hunter, Naruto, One Piece, Bleach e Death Note. Existem também outras revistas como a Champion Red mensal (Akita Shoten), que publica Saint Seiya Episode G (Cavaleiros do Zodíaco Episódio G), a Shonen Sunday semanal (Shogakukan), que publicava InuYasha, e a Afternoon mensal (Kodansha). Entre outras, podem-se citar também a Nakayoshi (Kodansha), revista de shoujo famosa que publicou entre outros Bishoujo Senshi Sailor Moon e Sakura Card Captors, e aHana to Yume (Hakusensha) que publica Hana Kimi e Fruits Basket.

Há também os fanzines e dōjinshis que são revistas feitas por autores independentes sem nenhum vínculo com grandes empresas. Algumas dessas revistas criam histórias inéditas e originais utilizando os personagens de outra ou podem dar continuidade a alguma série famosa.[4][5]Esse tipo de produto pode ser encontrado normalmente em eventos de cultura japonesa e na internet. O Comiket (abreviação de comic market), uma das maiores feiras de quadrinhos do mundo com mais de 400.000 visitantes em três dias que ocorre anualmente no Japão, é dedicada aodōjinshi.[6]

A Wikipe-tan é a personagem em estilo mangá que personifica a Wikipédia.

[editar]No Brasil

A popularidade do estilo japonês de desenhar é marcante, também pela grande quantidade de japoneses e descendentes residentes no país. Já na década de 1960, alguns autores descendentes de japoneses, como Júlio Shimamoto, Minami Keizi e Claudio Seto, começaram a utilizar influências gráficas, narrativas ou temáticas de mangá em seus trabalhos. O termo mangá não era utilizado, mas a influência em algumas histórias tornou-se óbvia.[7][8] Alguns trabalhos também foram feitos nos anos 80, como o Super-Pinóquio de Claudio Seto, o Robô Gigante de Watson Portela pela Grafipar e o Drácula de Ataíde Braz e Neide Harue pela Nova Sampa.[9]

Embora a primeira associação relacionada a mangá, a Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, tenha sido criada em 3 de fevereiro de 1984, o "boom" dos mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X,Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Sampa).

Esses, porém, não foram os primeiros a chegar ao território brasileiro. Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem tanto destaque, como Lobo Solitário em 1988 pela Editora Cedibra, primeiro mangá lançado no Brasil,[10] Akira pela Editora Globo,Crying Freeman, pela Editora Sampa, A Lenda de Kamui (Sanpei Shirato) e Mai - Garota Sensitiva pela Editora Abril, Cobra e Baoh pelaDealer e Escola de Ninjas (Ben Dunn) pela Nova Sampa.[11] Porém, a publicação de vários títulos foi interrompida e o público brasileiro ficou sem os mangás traduzidos por vários anos. Existiram ainda edições piratas de alguns mangás[carece de fontes]. O mais famoso foi Japinhas Safadinhas lançado em nove edições pela "Bigbun" (selo erótico da Editora Sampa)[12] . O mangá era uma versão sem licenciamento deAngel de U-jin.

O movimento voltou a produzir frutos nos anos 90. Com a inconstância do mercado editorial brasileiro, existe pelo menos uma revista nacional no estilo mangá que conseguiu relativo sucesso: Holy Avenger. Além deste há também outras publicações bastante conhecidas pelos fãs de mangá, como Ethora, Combo Rangers, Oiran e Sete Dias em Alesh do Studio Seasons, e a antiga revista de fanzines Tsunami. Atualmente os quadrinhos feitos no estilo mangá, tirando algumas exceções, como as citadas acima, se baseia em fanzines. Em 2008 a Maurício de Sousa Produções lançou Turma da Mônica Jovem, versão adolescente da Turma da Mônica, e, em 2009, a Ediouro Publicações lançou a revista Luluzinha Teen e sua Turma. No fim desse mesmo ano, começaram a ser lançados mangás didáticos, com a série O Guia Mangá, da editora Novatec, publicados originalmente pela editora Ohmsha] como The Manga Guide.[13]

[editar]Em outros países

Garoto lendo mangá.

Há muito tempo o estilo tem deixado sua influência nos quadrinhos e nas animações no mundo todo. Artistas americanos de quadrinhos alternativos como Frank Miller foram de alguma maneira influenciados em algumas de suas obras. As influências recebidas dos mangás japoneses ficaram mais evidentes com a minissérie Ronin (1983).

Outros artistas como os americanos Brian Wood, Adam Warren, Ben Dunn (autor de Ninja High School), Fred Gallagher (autor de Megatokyo) eBecky Cloonan (autor de Demo) e o canadense O'Malley (autor de Lost At Sea) são muito influenciados pelo estilo e têm recebido muitos aplausos por parte da comunidade de fãs de fora dos mangás. Estes artistas têm outras influências que tornam seus trabalhos mais interessantes para os leigos nesta arte. Além disso, eles têm suas raízes em subculturas orientais dentro de seus próprios países.

Histórias em quadrinhos americanas que utilizam a estética dos mangás, são constantemente chamados de OEL Manga (Original English-Language mangá) ou Amerimanga.

O americano Paul Pope trabalhou no Japão pela editora Kodansha na revista antológica mensal Afternoon. Antes disso ele tinha um projeto de uma antologia que seria mais tarde publicada nos Estados Unidos — a Heavy Liquid. O resultado deste trabalho demonstra fortemente a influência da cultura do mangá em nível internacional.

Na França existe o movimento artístico, descrito em manifesto como la nouvelle manga. Esse foi iniciado por Frédéric Boilet através da combinação dos mangás maduros com o estilo tradicional de quadrinhos franco-belgas. Enquanto vários artistas japoneses se uniam ao projeto outros artistas franceses resolveram também abraçar essa ideia.

Na Coreia do Sul atualmente podemos observar um movimento em direção aos mangás muito forte. Os manhwas coreanos e manhuas chineses têm atingido vários países pelo globo. Um exemplo claro de manhwas no Brasil são algumas histórias de sucesso como Ragnarök e Chonchu.

Além de tudo isso, é bastante comum encontrar histórias on-line de vários países nesse estilo e até ilustrações mais corriqueiras como das relacionadas à publicidade.

[editar]Críticas

Desenho de uma personagem segundo alguns elementos típicos do gênero ecchi. Note que os contornos são enfatizados e o cabelo desaparece na frente dos olhos, o que é geralmente o caso, mas não sempre.

Uma crítica comum aos mangás feita por ocidentais é a de que são excessivamente violentos e pornográficos ou eróticos. Contudo, segundo Frederik L. Schodt, esse tipo de generalização está longe da verdade, ainda que ele admita que há sim mangás em que a pornografia e a violência são excessivos.[14] Para ele, esse tipo de generalização habitualmente ignora as origens dos quadrinhos japoneses no ukiyo-e e no kibyoshi, que costumavam retratar cenas eróticas ou violentas, além de comparar os mangás com os quadrinhos ocidentais (Schodt refere-se mais especificamente aos quadrinhos dos Estados Unidos que costumavam sofrer autocensura desde a década de 1950).[14] Vale lembrar que no Japão existem vários estilos e tipos de mangá destinados a públicos diferentes e idades diferentes.

Mesmo no Japão surgem, de tempos em tempos, polêmicas envolvendo alguma publicação. Por exemplo, na década de 1960,Harenchi Gakuen de Go Nagai foi acusado de erotismo excessivo.[15] Este mangá trata de uma escola em que acontecem situações eróticas, foi criticado e chegou a ser queimado em público por pais.[16] O caso de Tsutomu Miyazaki, assassino em série japonês considerado um otaku, levou vários pais e educadores a se preocuparem com o conteúdo dos mangás, já que foram encontrados vários mangás e animes eróticos na casa deste.[15] Em resposta a esse caso, surgiu na década de 1990 um movimento contra os "livros daninhos". Pais, professores, políticos e a imprensa cobraram mais responsabilidade das editoras acerca do conteúdo dos mangás e de sua explícita classificação etária. Por exemplo, o jornal Asahi Shimbun disse em um editorial em 1990 que os mangás influenciavam negativamente as crianças, o governo de Tóquio adotou em 1991 a "Resolução Restringindo Livros Daninhos" e criou-se uma comissão na Dieta para discutir a questão.[17] Tudo isso fez com que as editoras criassem um código moral para os mangás e passassem a indicar conteúdo inadequado na capa das publicações utilizando selos específicos.[15] Mas, de acordo com Alfons Moliné,[15] pouco depois, a partir de 1993, o policiamento diminuiu e as editoras deixaram de marcar as publicações e de por o código moral em prática. Os artistas, por seu lado, se reuniram para defender a liberdade de expressão nos mangás.[15] Finalmente, em 2002 o mangaká Motonori Kishi foi julgado e condenado a um ano de prisão por obscenidade por sua obra Misshitsu. Este é o primeiro caso em que um mangá é julgado por violação do artigo 175 do Código Penal japonês, o qual controla o conteúdo de filmes, livros e obras de arte em geral e gerou discussões acerca da liberdade de expressão. Segundo o juiz, o mangá era "gráfico demais".[18][19]

Nos Estados Unidos, os mangás foram repetidas vezes alvo de discussões envolvendo o empréstimo de exemplares de mangás ou mesmo de livros sobre eles por adolescentes em bibliotecas ou a presença deles em seções inadequadas de livrarias. Em 2006, uma mãe pediu e conseguiu que o livro do estudioso Paul Gravett fosse retirado das bibliotecas públicas do condado de Victorville na Califórnia depois que seu filho de 16 anos disse ter visto imagens de sexo no livro.[20] Em um caso semelhante, um pai em Portland, Oregon, descobriu que seu filho havia pego mangás com classificação para maiores de 18 anos em uma biblioteca local.[21] E uma livraria em Lexington, na Carolina do Sul mudou a localização da sua seção de mangás após receber reclamações de uma mãe.[22]

Algumas críticas envolvem a pornografia infantil, os mangás dos gêneros lolicon e shotacon (além de videogames e pornografia na internet em geral no Japão) e a sua proibição. Em 1999 e 2004 foram aprovadas no Japão leis criminalizando a prostituição infantil e a criação e venda de material pornográfico envolvendo menores, mas a posse de tais materiais continua sendo permitida.[23][24] Pressões internacionais têm forçado o país a rever estas leis. Em 2008, a UNICEF afirmou que o país não estava se esforçando o bastante para colocar em prática acordos internacionais dos quais é signatário e combater a pedofilia.[24][25] Contudo, a nova legislação não deve incluir os mangás e animes: seus defensores argumentam que regulamentações feririam a liberdade de expressão e que os personagens não são reais e, portanto, não são vítimas de violência.[26]

Outra corrente de críticas se dirige a "invasão" dos mangás no mercado ocidental. Em 2005, no álbum Le ciel lui tombe sur la tête de Asterix o autor, Albert Uderzo, coloca Asterix e outros personagens lutando contra Nagma, anagrama de mangá, e contra clones que ironizam super-heróis dos Estados Unidos,[27] no que seria a realidade de autores europeus no presente.[28] Contudo, o autor se defendeu dizendo que não tem nada contra os mangás e menos ainda contra os quadrinhos dos Estados Unidos, que teriam lhe inspirado sua profissão, e que foi mal interpretado.[29] No mesmo estilo, Arnaldo Niskier da Academia Brasileira de Letras publicou em 12 de fevereiro de 2008, coluna na Folha de S. Paulo criticando a influência dos mangás nos jovens e afirmando que "conhecer o fenômeno é uma forma de colocar limites em sua expansão, para que prevaleça, no espírito dos jovens, se possível, muito mais a riqueza da cultura brasileira".[30]